30 de dezembro de 2013

"Logo que voltei arrumei um emprego e ter o inglês fluente me ajudou bastante"


 
Arquivo pessoal

Nome: Maiara Martines


Idade: 24 anos


Objetivo inicial na Irlanda: Viajar e estudar inglês


Quanto tempo ficou na Irlanda? 1 ano


Quando voltou para o Brasil? No final de julho de 2012


Por que decidiu voltar? Apesar de amar todas as experiências que eu tive, as pessoas que eu conheci e o lugar que eu morava, meu coração estava aqui. E também levei em consideração a questão profissional, pois ficar muito tempo fora sem trabalhar na área poderia me prejudicar.


Como foi sua primeira semana no Brasil? Foi bem legal, pura festa! Acho que demora um tempo até cair a ficha de verdade.


Qual cidade você mora atualmente? São Caetano do Sul (SP)


Você já conseguiu retomar sua vida profissional? Se sim, trabalha com o que hoje? Logo que voltei arrumei um emprego em uma assessoria de imprensa e ter o inglês fluente me ajudou bastante. Agora coincidentemente acabei de conseguir uma recolocação profissional na comunicação de um dos maiores bancos do Brasil.


Você já se acostumou com a “nova vida” aqui? Sim, mas confesso que muitas vezes a saudade aperta.


O que mais sente falta da Irlanda? Da tranquilidade que eu levava a vida, de poder andar para todos os lugares, de conhecer pessoas de culturas diferentes, do chocolate quente, das cervejas, dos meninos que eu cuidava e principalmente das viagens.


O que NÃO sente falta da Irlanda? Do frio e da chuva!


Você voltaria para Dublin para morar ou estudar? Por quê? Só voltaria com uma proposta de emprego na minha área. Agora Irlanda só para passear mesmo! 


Quais os planos para o futuro? Os planos continuam parecidos, quero continuar viajando sempre. Acho que isso me torna uma pessoa melhor.

15 de dezembro de 2013

"Graças a experiência de intercâmbio consegui um trainee em uma loja de varejo", diz intercambista que retornou há 4 meses

Arquivo pessoal

Nome: Anderson César da Silva
Idade: 25 anos

Objetivo inicial na Irlanda: Aprimorar inglês, conhecer uma nova cultura, viajar o máximo que possível, conhecer pessoas novas e se autoconhecer.

Quanto tempo ficou na Irlanda? 1 ano.

Quando voltou para o Brasil? Voltei na última semana de Julho.

Por que decidiu voltar? Decidi voltar pois o meu ciclo na Irlanda tinha se encerrado. Tudo que buscava na ilha esmeralda eu consegui alcançar. Ficar mais um tempo eu acredito que seria perda de tempo.

Como foi sua primeira semana no Brasil? A primeira semana foi maravilhosa. Rever vários amigos, que até mesmo no Brasil fazia tempo que não os via, reencontrar a família, voltar a comer a comida da mãe, ser praticamente o centro das atenções, mesmo não querendo... Sempre, mesmo você não falando, alguém irá comentar e você terá que contar a experiência a todos. É algo que até hoje (4 meses que estou de volta) ainda acontece.

Qual cidade você mora atualmente? Estou de volta a cidade dos meus pais, chama Ibaté-SP, interior do estado de SP, para quem não sabe, é uma cidade minúscula entre São Carlos e Araraquara.

Você já conseguiu retomar sua vida profissional? Sim, graças a experiência de intercâmbio e profissional consegui um trainee em uma loja de varejo.

Você já se acostumou com a “nova vida” aqui? Sim, mas acho que sou um caso a parte, gostava da minha vida de Dublin, mas eu já sabia que um dia eu voltaria. Por isso, quando voltei não tomei um choque. Acho que o intercâmbio ajuda a expandir a mente das pessoas e com isso você acostuma mais fácil aos lugares. Sendo um lugar conhecido então, muito mais fácil. Já me senti em casa no 1º dia.

O que mais sente falta da Irlanda? Dublin é a capital, mas com aspecto de interior, tudo perto, tudo fácil, meio parecido onde eu vivo. A diferença está na agitação, isso eu sinto muita falta, principalmente no estilo de música que gosto de ouvir (rock), as opções são escassas.

O que NÃO sente falta da Irlanda? 7 meses de clima bunda, a temperatura que não passa de 10 graus e céu cinza. Senti na pele, quanto a falta de um solzinho, muda o humor das pessoas.

Você voltaria para Dublin para morar ou estudar? Por quê? No momento, não vejo eu retornar para Dublin (e Europa no geral) tão cedo, nem para passeio. Têm vários lugares que eu quero conhecer antes, mas com certeza, eu voltarei para prestar uma visita aos amigos.

Quais os planos para o futuro aqui no Brasil? Antes de responder essa pergunta, estou impressionado com a velocidade que consegui reestabelecer o padrão que estava antes. Consegui um bom emprego, já tenho um carro e no momento eu quero  me estabelecer no emprego, crescer dentro da empresa.

Quero aproveitar todas as férias para conhecer alguns lugares novos, quero conhecer vários países ainda, e também ter um lar para mim. Já tive a experiência de morar sozinho e depois que experimenta é díficil se adaptar na casa dos seus pais. Apesar de ser querido você se sente estranho. Então, provavelmente em breve eu estarei me mudando.

8 de dezembro de 2013

"Não sinto falta dos inúmeros dias cinzentos e com chuva na cara", brinca intercambista que viveu um ano em Dublin

 
Arquivo pessoal


Nome: Luiz Noronha
Idade: 27 anos

Objetivo inicial na Irlanda:  Meu objetivo na Irlanda era melhorar o inglês. E consegui!

Quanto tempo ficou na Irlanda? 1 ano.


Quando voltou para o Brasil? Voltei em abril de 2013.

O que mais sente falta da Irlanda? Sinto falta de um bom transporte público e de poder caminhar tranquilamente pelas ruas fazendo coisas simples como ir ao supermercado, shopping e até mesmo para a balada.  
 
O que NÃO sente falta da Irlanda? Não sinto falta dos inúmeros dias cinzentos e com chuva na cara. O que na maioria das vezes impossibilitava de sentar ao ar livre. haha 

Quais os planos para o futuro? Planos para o futuro é? Viajar cada vez mais. rs 

Se pudesse escolher um dos dois países para viver "para sempre" qual escolheria? Eu acho que acabaria escolhendo o Brasil por questões econômicas e pelo fato da maioria dos amigos e família estarem aqui. O que não me impede de mudar de ideia e morar fora do Brasil novamente. rs 

Valeu a pena? Indiscutivelmente valeu muito a pena! Repetiria tudo novamente.

  

4 de dezembro de 2013

"Sinto falta dos parques, da facilidade em viajar, dos artistas de rua... de muita coisa", diz intercambista que pretende retornar

Arquivo pessoal


Nome: Juliana Sato
Idade: 24

Objetivo inicial na Irlanda: Aprender inglês
Quanto tempo ficou na Irlanda? 10 meses
Quando voltou para o Brasil? Julho de 2013

Por que decidiu voltar? Para batizar a minha sobrinha e ver como estava o mercado de trabalho na minha área de atuação [jornalismo]. Os planos eram procurar emprego e se eu conseguisse uma boa colocação ficaria no Brasil.

Como foi sua primeira semana no Brasil? Fiquei deslocada, pois você acostuma com outra rotina e quando me vi em casa sem fazer nada entrei em desespero.

Qual cidade você mora atualmente? Ribeirão Pires- SP

Você já conseguiu retomar sua vida profissional? Não, apenas continuei fazendo alguns freelas (daqui e de lá). Voltei e me deparei com uma realidade muito ruim na minha área. Confesso que estou desanimada. As ofertas de trabalho estão piores, no entanto, foi bom para pensar e rever o que eu realmente queria seguir dentro do jornalismo.

Você já se acostumou com a “nova vida” aqui? Bom, se eu tivesse retornado e encontrado um bom emprego, com certeza eu já estaria embalada na rotina, mas como estou em casa, só fazendo freelas desde que cheguei, não me acostumei não, pois ninguém gosta de ficar em casa, né? Rs

O que mais sente falta da Irlanda? Sou suspeita para falar de Dublin porque eu, literalmente, amo aquela cidade. Sinto falta do inglês diário, dos meus amigos, dos parques, da facilidade em viajar, dos artistas de rua, das minhas lojas preferidas, enfim, de muita coisa!

O que NÃO sente falta da Irlanda? Do inverno rigoroso.

Você voltaria para Dublin para morar ou estudar? Por quê?  Sim, estou empenhada em voltar, procurando emprego aqui e lá e se eu tiver oportunidade volto sem pensar duas vezes.

Quais os planos para o futuro? Quero fazer alguns cursos direcionados na minha área, fazer uma pós, fazer outro curso (aqui ou lá) para ter realmente o meu inglês fluente. Só não sei ainda a ordem em que eu vou colocar em prática esses planos. Vou deixar as coisas acontecerem...


21 de novembro de 2013

"Depois de viver em um lugar em que é possível trabalhar para viver é muito complicado conter a vontade de mudar para um outro lugar"

Arquivo pessoal


Nome: Marli de Oliveira

Idade: 33 anos
 
Objetivo inicial na Irlanda: Como a maioria eu queria falar inglês de verdade e realizar o sonho de morar fora. A princípio a Irlanda não era minha primeira opção, achei que nunca aguentaria o frio, mas com o tempo me apaixonei pela ideia de estar tão perto dos lugares que eu sempre quis conhecer. 

Quanto tempo ficou na Irlanda? Fiquei um ano. 

Quando voltou para o Brasil?  Voltei para o Brasil dia 23 de Abril de 2013. 

Como foi sua primeira semana no Brasil? A primeira semana foi de alegria, apesar de achar tudo meio estranho rs  .  Depois de um ano longe, reencontrar a família e os amigos é uma emoção que não tem preço. 

O que mais sente falta da Irlanda? No início eu sentia falta de tudo, dos amigos, dos passeios, dos bebês que eu cuidava, da vida despreocupada que eu levava em Dublin... acho que é uma espécie de luto pelo que deixamos para traz. Com o tempo a vida vai entrando nos eixos novamente. Eu ainda estou nesse processo de readaptação, mas o que realmente me faz falta é a segurança de poder fazer as coisas do cotidiano sem a preocupação com essa violência que está a cada dia mais absurda. 

O que NÃO sente falta da Irlanda? A única coisa que não sinto falta é do clima. 

Quais os planos para o futuro? Retomar a carreira, estudar outras línguas, viajar ... 

Se pudesse  escolher um dos dois países para viver "para sempre" qual escolheria? Ainda não tenho uma resposta definitiva para essa pergunta. O Brasil é um país de belezas infinitas e é aqui que moram as pessoas que amo e que são importantes para mim, porém depois de viver em um lugar seguro, onde as coisas realmente funcionam, as pessoas são educadas, em que é possível trabalhar para viver (ainda que em posições que não trabalharíamos aqui ) e não o contrário é muito complicado conter a vontade de mudar para um outro lugar.

Acho que eu não moraria novamente em Dublin porque já vivi essa experiência, mas escolheria outro destino na Europa se fosse o caso . 

Valeu a pena? Valeu muito a pena. Foi a realização de um sonho e não tenho do que reclamar, tudo deu muito certo, desde o início.

Consegui emprego logo no primeiro mês e a família era muito legal, tenho contato com eles até hoje e morro de saudades dos bebês.  Neste um ano de intercâmbio viajei mais do que em minha vida inteira, conheci lugares lindos, pessoas maravilhosas e reencontrei alguns amigos de longa data que estavam espalhados pelo mundo.  Claro que nem tudo é perfeito, mas enfrentar o que vier e amadurecer  também faz parte do intercâmbio.

Tudo o que vivi nesse período foi único, sei que farei outras viagens, visitarei outros lugares... posso até conhecer o mundo inteiro, mas nenhum lugar no mundo será como Dublin. 


18 de novembro de 2013

"Esse tipo de experiência é viciante... sou uma pessoa mais completa agora", diz intercambista que passou quase seis meses na Irlanda


Nome: Gabriela Ferigato 
Idade: 23 anos 

Objetivo inicial na Irlanda: Fazer intercâmbio sempre esteve na minha lista de “coisas para fazer antes de morrer”. Sempre foi um objetivo e um sonho muito especial. É claro que pensei no intercâmbio como uma maneira de “efetivar” o meu inglês. Fiz inglês por muitos anos, mas morar fora iria me proporcionar fluência no idioma (ou muito próximo a isso). Mas muito mais importante que isso, eu queria ter a experiência de morar em um país com uma cultura totalmente diferente. 

Queria “me virar sozinha”, amadurecer, ser mais independente. Sair da nossa zona de conforto provoca isso. No Brasil tenho minha família e amigos sempre por perto. Quando preciso de algo sei onde procurar, se tenho algum problema sei a quem recorrer. No intercâmbio é tudo novo...uma vida nova. Uma vida que você descobre como viver aos poucos e isso traz independência. Foi isso o que eu procurei no intercâmbio. Confesso que a Irlanda não era um objetivo, e sim a Europa. Por meio de pesquisas achei um programa de au pair muito interessante e não pensei duas vezes.

Quanto tempo ficou na Irlanda? Ao todo 6 meses – durante quase um mês fiz mochilão pela Europa.

Quando voltou para o Brasil? Voltei no dia 5 de julho deste ano. 

Como foi sua primeira semana no Brasil? Foi muito boa, achei que a adaptação seria mais demorada, mas foi totalmente ao contrário. Matei saudade de todos e cheguei com muita energia para procurar emprego e continuar “ticando” os itens da minha lista de “coisas para fazer antes de morrer”. Por sorte consegui um emprego um mês depois de chegar então a rotina ajudou a amenizar a saudade da Ilha Esmeralda. 

O que mais sente falta da Irlanda? A minha maior saudade é a minha família irlandesa (onde eu morei e trabalhei como au pair – cuidando de dois meninos lindos). Ainda tenho contato com eles, mas sinto falta da minha rotina lá, de ler histórias para eles antes de dormir, dos abraços, de esperar o mais velho na porta da escola, das brincadeiras. Sinto falta das pessoas de lá....de receber um “bom dia” de pessoas desconhecidas. Sinto falta do clima de “cidade pequena” (não morava no centro de Dublin, mas sim em Dun Laoghaire - 40 minutos do centro). Sinto falta de caminhar no pier e sentar em uma pedra ao lado do mar e só ouvir o barulho das ondas que quebravam nas pedras. Sinto falta dos pubs, é claro, e do clima que ele proporcionava. Sinto falta de tomar uma Guinness ouvindo música celta. Sinto falta da facilidade de se “locomover”, quase tudo era a pé. Posso continuar por muito tempo listando as minhas saudades. Me apaixonei pela Irlanda e por tudo que essa experiência me proporcionou. 

O que NÃO sente falta da Irlanda? Olha, apesar de AMAR o frio e a chuva, confesso que lá isso irrita às vezes. Como tudo é feito a pé, a chuva atrapalha um pouco. Mas, em pouco tempo, você descobre o verdadeiro “clima” irlandês. Podemos presenciar as quatro estações do ano em um único dia. Sinceramente é difícil pensar em algo que eu não sinto falta. A Irlanda é realmente um lugar incrível, mas acho que eu também dei muita sorte. Já fui com casa e trabalho e fui recebida por uma família incrível e dois meninos lindos (conheço au pairs que sofrem com as crianças e com a família haha), mas eu tirei a sorte grande. 

Quais os planos para o futuro? Esse tipo de experiência é “viciante”. Quando você vive tudo isso e pode ver “um pouco” de como as outras culturas são fascinantes, como as pessoas são diferentes, como os lugares são incríveis, isso só te faz querer mais e mais. Então como planos para o futuro eu quero mais experiências assim. Ah, além de voltar para Irlanda um dia. 

Se pudesse escolher um dos dois países para viver "para sempre" qual escolheria? Difícil. Eu amo o Brasil e senti falta da minha vida aqui, assim como, ao chegar, lembrei que definitivamente não senti falta de muitas coisas. Mas todo lugar é assim. A minha vida lá era completamente diferente da que eu levava antes de ir e mesmo depois que eu cheguei. Aqui eu tenho minha família e amigos, tenho a minha profissão e a minha rotina. Lá era outra rotina e eu não trabalhava com jornalismo. Preciso pensar que se fosse para viver lá “para sempre” eu teria uma rotina bem diferente da que eu tive como au pair. Mas por tudo que eu vivi lá eu tenho certeza que seria tão incrível como foi. Quando eu fui embora eu disse para a minha família irlandesa: “Ireland is home away from home”. 

Valeu a pena? Sem dúvidas. Foi uma experiência incrível e me fez muito bem. Sinto que eu precisava dessa vivência. É algo que eu lembro com muito carinho e tenho certeza que sempre vou lembrar. Acho que sou uma pessoa mais completa agora.


11 de novembro de 2013

"A falta de sol é um pouco depressiva", diz jornalista que morou dois anos e meio na Ilha

Arquivo pessoal
Nome: Daiani da Silveira 
Idade: 28 anos 

Objetivo inicial na Irlanda: Aprofundar os estudos na língua inglesa. 

Quanto tempo ficou na Irlanda? Dois anos e seis meses 

Quando voltou para o Brasil? Dia 04 de outubro. [2013]


Por que decidiu voltar? Porque alcancei o meu objetivo de ter inglês avançado e percebi que para ter inglês fluente teria que ficar na Irlanda mais uns dois ou três anos, porém, trabalhando em subempregos. Estava com saudade da família e da minha profissão [jornalista].
 

Como foi sua primeira semana no Brasil? Foi bastante estranha. Achei tudo muito barulhento, o trânsito, as pessoas nas ruas, os vendedores ambulantes. Também chamou à atenção a poluição, pois na Irlanda tudo é bonito e preservado. Aqui no Brasil, além do lixo nas ruas, os prédios e poucos parques que existem são pichados.

Qual cidade você mora atualmente? Gravataí - RS


Você já conseguiu retomar sua vida profissional? Ainda não. A primeira semana foi adaptação ao fuso horário. Nas outras duas semanas seguintes visitei familiares e amigos. Agora que vou começar a focar a minha recolocação no mercado de trabalho.

Você já se acostumou com a “nova vida” aqui? Ainda não. Acho que vai levar um tempo até lembrar de como é viver no Brasil. Sinto muita insegurança quando saio na rua, evito assistir noticiários que mostrem a violência dos nossos centros urbanos. Olho para as ruas e acho tudo barulhento e sujo. Enfim, essa adaptação vai acontecer aos poucos.

O que mais sente falta da Irlanda? Dos parques. Era meu programa predileto ir aos parques. Quando eu não ia para correr ou me exercitar, eu ia para ler um livro, tomar um café ou então tirar um cochilo na grama verde ouvindo o canto dos pássaros. Deixava a minha bolsa com meu celular, dinheiro e documentos ao meu lado e podia dormir tranquila, nunca fui roubada. Essa tranquilidade e qualidade de vida é o que mais sinto falta.


O que NÃO sente falta da Irlanda? O clima. Para quem nasceu em um País tropical é complicado viver sem a presença do sol. No meu caso, o frio, a chuva e o vento não me incomodavam, pois sou do Rio Grande do Sul, onde o inverno é similar. Porém, mesmo com vento e temperaturas negativas, o sol está presente o ano todo para nos energizar. E na Irlanda, cheguei a passar meses sem a presença do sol. Sempre chovendo ou a tradicional neblina que deixa o País cinza.


Você voltaria para Dublin para morar ou estudar? Sim, se eu tivesse a oportunidade de voltar para Dublin para estudar, voltaria para um mestrado ou especialização na minha área. Acho que não voltaria para morar para sempre, pois a falta de sol é um pouco depressiva, principalmente no inverno, quando às 16 horas escurece e às 9 horas amanhece o dia.

Quais os planos para o futuro aqui no Brasil? Em primeiro lugar retomar a minha carreira de jornalista. Gostaria muito também de colaborar para a melhoria do nosso País, através da conscientização das gerações futuras, sobre a importância de preservar a natureza, respeitar as pessoas e ser solitário. Ainda não sei como fazer isso, mas acredito que educar as crianças é o caminho para um Brasil melhor. Quem sabe um dia poderemos dormir tranquilos em nossos parques, sem o medo de roubo, assalto, etc.

6 de novembro de 2013

"Sinto falta de trabalhar por um período justo e ter um bom ganho financeiro"

 
Reprodução Facebook



Nome: Carlos Fernandes
Idade: 36

Objetivo inicial na Irlanda: Estudar inglês e conhecer novas culturas, não só vivendo em outro país como viajando por outros países europeus.

Quanto tempo ficou na Irlanda? 1 ano

Quando voltou para o Brasil? Em março de 2013

Por que decidiu voltar? Ficar longe da família é, talvez, a questão mais difícil quando se está morando em um país distante. Eu já havia perdido o casamento de uma das minhas irmãs e minha outra irmã estava grávida da minha primeira sobrinha. E eu não queria perder também o nascimento dela. Em resumo, a decisão da volta se concentrou na família.

Como foi sua primeira semana no Brasil? Foi bem intensa. Foi uma semana inteira comendo pizza, churrasco, lanches e tudo aquilo que não era comum na Irlanda. Revi minha família toda. E é uma semana em que você tem um ano de história para contar. É o tempo falando sobre tudo que vc vivenciou em outro país, suas viagens, seus amigos gringos, enfim... e fazendo comparações com o Brasil.

Qual cidade você mora atualmente? Taubaté/SP

Você já conseguiu retomar sua vida profissional? Não. Está muito difícil e o país, como sempre, vive na utopia de que as coisas estão melhores.

Você já se acostumou com a “nova vida” aqui? Não e nem me acostumarei. Quando se tem a oportunidade de conhecer e viver uma vida onde as coisas funcionam, andam para a frente, em que existe respeito por parte de pessoas e governantes, segurança, enfim, tantas outras coisas, acostumar com o Brasil passa ser algo improvável.

O que mais sente falta da Irlanda? De trabalhar por um período justo e ter um bom ganho financeiro, da segurança, do poder de compra, do baixo preço de muitas coisas como roupas e viagens, por exemplo. Sinto falta da educação do povo no trânsito e no dia a dia, no “com licença”, “desculpe” e “obrigado”, do transporte público utilizado por ricos e não ricos. São tantas coisas inexistentes no Brasil que a lista seria enorme. Mas isso não se resume a Irlanda especificamente. Nos países em que visitei na Europa existe muito disso também.

O que NÃO sente falta da Irlanda? Essa é fácil: dos mais de 200 dias em média por ano de chuva e dos ventos com chuva e frio ao mesmo tempo.

Você voltaria para Dublin para morar ou estudar? Por quê? Voltaria para trabalhar. Para fazer o mesmo que eu fiz acredito que não. Mas se eu tivesse uma proposta de trabalho me mudaria pra lá sim. Ou, quem sabe, fazer uma ponte entre Irlanda e algum outro país europeu.

Quais os planos para o futuro aqui no Brasil? Na verdade não tenho planos maiores por aqui. As coisas não estão bem encaminhadas e a vontade minha e da minha namorada (que esteve comigo em Dublin e que já havia morado por lá por 2 anos) é de morar em definitivo em outro país. Dentro do nosso planejamento de vida não há nada que se encaixe no Brasil. Não vemos futuro para o país e sabemos que as condições lá fora são infinitamente maiores. Não estamos felizes vivendo aqui. Quando se tem a oportunidade de conhecer o lado bom é lá que vc quer estar.